Powered By Blogger

domingo, 28 de agosto de 2011

A Bíblia e os Textos Originais

Existem várias traduções bíblicas, como saber que a Bíblia Sagrada segue a verdadeira Palavra de Deus?

            Algumas pessoas supõem que a Bíblia Sagrada sofreu tantas traduções que o texto original acabou ficando corrompido e mutilado, perdendo-se para sempre no tempo.
            Porém, a verdade é que, caso as traduções da Bíblia Sagrada fossem realizadas de traduções sobre traduções, então essas pessoas teriam razão em questionar a veracidade do texto bíblico atual. Mas, no mundo protestante, as traduções não são feitas de traduções sobre traduções, mas são realizadas tendo como referência um texto grego altamente respeitado entre os estudiosos, bastante antigo.
            As traduções das Escrituras Sagradas são realizadas por eruditos, especialistas nas línguas antigas e modernas. Tal fato oferece maior grau de segurança e confiabilidade de que as traduções bíblicas, que hoje temos em mãos, seguem verdadeiramente a Palavra de Deus.
            Os manuscritos bíblicos mais antigos, do qual os tradutores protestantes se serviram, são produtos do meticuloso trabalho dos Massoretas, datado aproximadamente do ano 1000 d.C. Mas como qualquer outro livro antigo que chegou até aos dias de hoje, com um grande número de manuscritos, a pergunta que nos vem mente é a seguinte: podemos confiar que o trabalho dos Massoretas realmente espelha o verdadeiro conteúdo das escrituras originais?
            Bem, apesar dos manuscritos dos Massoretas estarem separados por um lapso de tempo de quase mil anos dos textos originais, a verdade é que a arqueologia moderna tem demonstrado que eles fizeram um excelente trabalho de preservação dos textos bíblicos originais.
            Em março de 1947, um pastor beduíno que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, casualmente, deparou-se com uma gruta localizada nas encostas rochosas da região do Mar Morto. Ao investigar o interior da gruta, constatou que ela continha vários jarros de cerâmica, os quais estavam lacrados. Esses jarros continham inúmeros documentos de escritos sagrados de uma seita judaica que existiu na época de Jesus, conhecida como Essênios.
            Entre os documentos encontrados em vários desses jarros, destacam-se os textos do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos dos profetas menores, parte do livro de Levítico e uma paráfrase do livro de Jó.
            Esses manuscritos somente puderam resistir à ação do tempo porque foram guardados em potes de cerâmica lacrados, que funcionaram como uma cápsula do tempo. Entre outros fatores que ajudaram na conservação desses manuscritos destacam-se a baixa umidade da região desértica e o isolamento do contato com o ar, com os insetos e com os roedores.
            O estudo da cerâmica dos jarros e os testes de datação pelo método do carbono 14 estabeleceram que os documentos contidos nos jarros foram produzidos entre os anos de 168 a.C a 233 d.C. Estes manuscritos causaram grande impacto na visão moderna das Escrituras Sagradas, pois confirmaram a precisão da tradução do Texto Massorético, do qual a Bíblia Sagrada foi traduzida para as línguas modernas.
            Os célebres manuscritos do Mar Morto revelaram ao mundo que todo o conteúdo da Bíblia Sagrada que possuímos em nossas mãos é exato, perfeito e verídico. Os críticos esperavam que os textos bíblicos do Mar Morto revelassem supostas corrupções nas Escrituras Sagradas, porém, tiveram uma grande decepção, haja vista que nada de significativo foi encontrado para ser retirado ou acrescentado na Bíblia Sagrada.
            Porém, caso não houvesse ocorrido a referida descoberta arqueológica dos textos bíblicos nas cavernas do Mar Morto, ainda assim o mundo teria como avaliar a originalidade da Bíblia Sagrada que temos em mãos.
            Nos primeiros séculos da Era Cristã, mais precisamente entre os séculos II e VII, os Pais da Igreja escreveram centenas de livros. Nesses livros eles citaram e comentaram milhares de passagens do Novo Testamento. Essas citações tornaram possível constatar que o texto bíblico dos dias de hoje não sofreu nenhuma alteração no decorrer dos séculos e corresponde, perfeitamente, em todos os seus pormenores, à genuína Palavra de Deus.
            Outro método que permite avaliar a veracidade das Escrituras Sagradas editada nos dias de hoje, está no estudo dos milhares de manuscritos e fragmentos escriturísticos confeccionados nos primeiros séculos da Era Cristã.
            Comparada com outros escritos antigos, a Bíblia Sagrada foi extraordinariamente preservada no decorrer dos séculos. Por exemplo, existem somente sete manuscritos antigos da obra de Platão, porém, existem mais de 5.400 manuscritos do Novo Testamento. Quando os textos de todos esses manuscritos bíblicos são reunidos e comparados uns com os outros, constata-se que eles são 99,5% consistentes, comprovando que a Bíblia Sagrada, atualmente editada, corresponde perfeitamente à Palavra de Deus.
            Em geral, as versões tradicionais da Bíblia Sagrada na língua portuguesa são excelentes. Porém, a versão da “Bíblia Almeida Revista e Corrigida”, edição de 1969, oferece uma confiança muito grande no estudo da Palavra de Deus, já que é a tradução mais antiga na língua portuguesa, que segue fielmente, palavra por palavra, o manuscrito grego que serviu de base para a sua tradução.