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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Insuficiência da Sinceridade

Caso uma pessoa resolva visitar uma igreja para buscar a Deus, e naquele local ela faz as suas orações com sinceridade de coração. Essa sinceridade é suficiente para Deus?

            Com relação à “sinceridade” na religião, é necessário levamos em consideração alguns fatores esclarecedores. “Ninguém se entregue à ilusão, tão agradável ao coração humano, de que Deus aceitará a sinceridade, não importa qual seja a fé, não importa quão imperfeita seja a vida”. (I Mensagens Escolhidas, 374).
            A sinceridade é necessária e fundamental na vida do fiel cristão, mas ela não é toda suficiente para livrá-lo dos erros e equívocos. Por mais sincera que seja uma pessoa, ela pode estar totalmente equivocada. Sou sincero ao responder às questões de uma prova na qual tenho enorme interesse em ser aprovado, mas minha sinceridade não é suficiente para me livrar das consequências de responder errado. “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12).
            Um espírita vai ao centro e faz suas orações com sinceridade de coração. O médium pode com toda a sua sinceridade dar passes, curar, ou fazer qualquer outra coisa em benefício do próximo. Mas isto não quer dizer que se trata das benções divinas ou de que Deus está presente naquele local apoiando aquelas práticas condenadas pelas Escrituras Sagradas.
            Um católico pode venerar as relíquias ou as imagens dos santos com toda a sinceridade do seu coração. Porém, por mais honesta que seja a sua sinceridade, isto não transformará as relíquias ou a imagens em algo verdadeiro ou aprovado por Deus.
            “Por algum tempo Paulo fez uma obra muito cruel, julgando estar prestando serviço a Deus, pois diz ele: ‘Porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.’ I Tim. 1:13. Sua sinceridade, porém, não lhe justificou a obra, nem fez do erro, verdade”. (I Mensagens Escolhidas, 346).
            “Mas a sinceridade não transforma o erro em verdade. Uma pessoa pode ingerir veneno, pensando que é alimento; mas a sua sinceridade não a livrará dos efeitos dessa dose”. (Fé e Obras, 33).
            “A sinceridade nunca salvará a alma das consequências de crer num erro. Sem sinceridade não há genuína religião, mas a sinceridade numa religião falsa jamais salvará o homem. Posso ser perfeitamente sincera em seguir um caminho errado, mas isto não torna o caminho certo, nem me levará ao lugar a que eu desejava chegar. O Senhor não quer que tenhamos cega credulidade, e chamemos isto fé que santifica”. (Carta 12, 1890).
            Costumo dizer que a sinceridade do cristão deve estar comprometida com as eternas verdades reveladas na Palavra de Deus, e não comprometida com as pessoas, autoridades eclesiásticas ou com alguma denominação religiosa. O que está em jogo é a nossa salvação!
            Bem, creio ter respondido a sua pergunta com relação à sinceridade da pessoa numa igreja ou numa religião.